Perceber a linha do cabelo recuando e os fios ficando cada vez mais ralos pode ser angustiante. A alopecia fibrosante frontal (AFF) é uma condição que impacta profundamente a autoestima e o bem-estar.
Recentemente, atendi uma paciente que chegou ao consultório com esse diagnóstico e um medo constante: “Será que vou perder todo o meu cabelo?”
Hoje, meses depois, ela vive uma realidade completamente diferente.
O que é a alopecia fibrosante frontal
A AFF é um tipo de alopecia cicatricial, geralmente de origem autoimune, mais comum em mulheres, especialmente após os 40 anos.
Ela causa perda progressiva e definitiva dos fios na região frontal e lateral do couro cabeludo, podendo também afetar sobrancelhas. Como há destruição do folículo, o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais.
O tratamento dessa paciente
Para estabilizar o quadro e preservar os folículos ainda ativos, optamos por uma abordagem combinada e totalmente baseada em intervenção clínica:
- Medicamentos via oral: usados para modular a resposta inflamatória e hormonal, ajudando a conter a ação autoimune que destrói os folículos. Em alguns casos, também auxiliam na regulação de fatores hormonais que podem acelerar a perda capilar.
- Fototerapia (terapia com luz): sessões que utilizam luz de baixa intensidade para reduzir inflamações no couro cabeludo e estimular a microcirculação local, favorecendo um ambiente mais saudável para os fios crescerem.
- Intradermoterapia: aplicação de ativos diretamente na pele do couro cabeludo, por meio de microinjeções, para nutrir os folículos e potencializar a resposta ao tratamento. É uma forma de “entregar” nutrientes e medicamentos exatamente onde eles são necessários.
Os resultados
Após alguns meses de acompanhamento:
- A queda foi estabilizada, a área afetada não avançou;
- Os fios remanescentes ganharam mais força e densidade;
- A paciente voltou a se olhar no espelho com mais confiança!
A alopecia fibrosante frontal não tem cura definitiva, mas há muito que pode ser feito para frear a progressão e preservar o cabelo que você ainda tem.
O mais importante é não adiar a consulta, cada mês conta para manter a saúde dos folículos e, consequentemente, da sua autoestima.
Se você notou mudanças na linha do cabelo ou rarefação localizada, procure um dermatologista especializado. Com o acompanhamento certo, é possível transformar o medo em cuidado e o cuidado em resultados reais!